A ANPG (Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustível), a Total EnergiEneries EP Angola e a Sonangol Pesquisa e Produção assinaram, esta terça-feira, em Luanda, um acordo de princípios que permite viabilizar o primeiro projecto de desenvolvimento na Bacia do Kwanza.

Avaliado em cerca de cinco mil milhões de dólares, o projecto de desenvolvimento da Bacia do Kwanza, localizado a cerca de 150 quilómetros a Sudoeste de Luanda, compreenderá uma plataforma flutuante do tipo FPSO, o sétimo da TotalEnergies em Angola, ancorada a 1.700 metros de profundidade de água e ligada a uma rede de produção submarina.

Assinaram o acordo, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, o director-geral da Total EnergiEneries EP Angola, Martin Deffontaines, e os vogais da Sonangol Tiago Neto e Isabel Policarpo, num acto testemunhado pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino Azevedo, e pelo PCA da Sonangol, Gaspar Martins.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás disse, à imprensa, à margem da cerimonia, que o acordo é de grande importância para o sector.

Diamantino Azevedo exortou os promotores do projecto a trabalharem arduamente para que a indústria petrolífera continue a dar o seu contributo para o desenvolvimento da economia do país. “Sentimo-nos motivados com o engajamento de todos, e espero que continuemos todos a trabalhar desta forma para que a indústria de petróleos continue a dar um contributo importante à economia do país”, disse.

Por sua vez, o PCA da ANPG realçou que, com o acordo, prevê-se que, num período de dois ou três meses, sejam obtidos os termos da decisão final de investimento, que permitirá desenvolver o campo, e que, até finais de 2026 e princípio de 2027, dar-se-á início à produção petrolífera. Paulino Jerónimo destacou que o projecto prevê uma produção máxima de 70 a 100 mil barris de petróleo por dia, que vai contribuir para atenuar o declínio da produção.

O director-geral da Total EnergiEneries EP Angola, Martin Deffontaines, realçou que a empresa pretende avançar com o projecto ainda este ano, permitindo a produção dos dois campos. “É um novo desafio para as equipas colocar estes campos em desenvolvimento”, referiu.