João Lourenço disse, em tom irónico, recorrendo a uma figura futebolística, que o MPLA ganhou o “penta” e que a maioria absoluta não deixa lugar para dúvidas quanto à escolha dos angolanos para governar o País.

Questionado sobre se os maus resultados nalgumas províncias, onde a UNITA venceu, incluindo Luanda, a principal praça eleitoral, Lourenço admitiu que numa corrida eleitoral “todos querem sempre mais” mas que “a vida não é assim”, notando, todavia, que se o MPLA não deve ficar contente com uma maioria absoluta, “o que fará da oposição” que são derrotados há cinco eleições seguidas. “Nós ganhamos o penta”, enfatizou.
“Ganhamos estas eleições de forma inequívoca. Foram eleições gerais, não locais, o que estave em jogo era o lugar de Presidente da República e os deputados no Parlamento”, disse, minimizando o resultado em Luanda, que considerou não ter peso para influenciar a sua governação nem a constituição do próximo Governo.
“Manemos a maioria absoluta, não há sombra de duvidas”, acrescentou.
Sobre a esperada contestação da UNITA, cujo líder, Aaalberto Costa Júnior já disse não reconhecer estes resultados, João Lourenço reafirmou a convicção de que pode e deve “governar com toda a legitimidade” porque foi isso que “os eleitores conferiram ao MPLA e ao seu candidato”.
“Se a oposição contestar, há instituições adequadas para o efeito, a lei prevê essa possibilidade. Nós aguardaremos uma decisão”, mas disse que em nada isso pode beliscar a legitimidade para formar Governo.
O presidente do MPLA disse ainda, perante centenas de militantes e dirigentes do MPLA, na sua sede em Luanda, onde se seguiu uma festa, com champanhe, “pelo menos cinco garrafas”, ironizou, referindo-se às cinco vitórias eleitorais desde 1992, que a sua aposta vai ser mantida na construção de um País onde todos têm as mesmas oportunidades, no combate à corrupção, na melhoria dos sistemas de ensino e de saúde…
Considerou que o “voto de confiança” o impele a prosseguir com o cumprimento dos compromissos assumidos há cinco anos, que passam por “fazer as mudanças necessárias, não desistir de lutar por mais transparência, não baixar os braços perante as dificuldades, sempre em busca do progresso e do desenvolvimento em Angola”.
Falou ainda em manter como prioridade a criação de emprego, e, entre outros sectores, na modernização do Estado.
“É o momento de continuar a fazer as reformas que permitam a Angola ser um País mais moderno e desenvolvido”, disse.
“Serei o Presidente de todos o angolanos e é meu compromisso que angola seja uma grande economia e uma grande democracia com iguais oportunidades para todos”, notou.
Por fim, sublinhou que estas eleições foram reconhecidas pela comunidade internacional como livres, justas e transparentes.