Os candidatos a Presidente da República, dirigentes, militantes, amigos e simpatizantes dos partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, P-NJANGO, PHA, da coligação CASA-CE, em Caxito, província do Bengo, foram aconselhados a aceitarem os resultados que saírem das Eleições Gerais marcadas para amanhã (24 de Agosto).

Durante um culto ecuménico, realizado domingo no estádio do Dande com a participação de milhares de fiéis de várias denominações religiosas, o pastor da Igreja Evangélica Cristã em Angola (IECA), Aarão Martins, pediu o empenho de todas as forças vivas da nação, para que as eleições decorram de forma cívica e ordeira.
De acordo com o religioso, que dirigiu a homilia, a formação política que merecer o voto de confiança nas urnas deve governar para todos, sem olhar para cores partidárias: “A formação política que vencer deverá administrar bem o país, com respeito, transparência e, acima de tudo, muita responsabilidade, trabalhando com o povo e em nome de todos”.

Preservação da paz

Durante o culto, os representantes do MPLA, CASA-CE, PRS e FNLA prometeram fazer de tudo para continuar a preservar a paz e respeitar os resultados que vão sair do pleito eleitoral. No evento organizado, domingo, no estádio do Dande, em Caxito, os partidos UNITA, APN, P-NJANGO e PHA não se fizeram representar.
A secretária provincial do MPLA no Bengo, Mara Quiosa, afirmou que um dos grandes desafios do seu partido é contribuir para o êxito do processo eleitoral, reconhecendo que a Igreja tem assumido a indispensável contribuição ao actuar na formação da cidadania, na criação do espírito de paz e de tolerância, para que as escolhas sejam feitas com sabedoria.
Em declarações ao Jornal de Angola, a secretária provincial da CASA-CE, Benvinda Mbundo, apelou ao povo do Bengo para que, amanhã, afluam às urnas de forma ordeira, cívica e pacífica, de modo que as eleições possam decorrer num clima de festa, respeitando aquele que ganhar ou perder.
Já o representante da FNLA, Manuel Félix, explicou que o seu partido prima pela segurança nas eleições e que a paz deve prevalecer sempre, ao passo que Domingos Zeferino, do PRS, avançou que a sua organização trabalha para que o processo decorra de forma harmoniosa.

Votação ordeira

Várias denominações religiosas, na província do Cuando Cubango, uniram-se, domingo, na palavra de Deus, numa só, para apelarem aos milhares de eleitores a votarem de forma ordeira, com espírito de paz e reconciliação nacional durante o sufrágio de amanhã.
O culto ecuménico decorreu, no salão gimnodesportivo, sob o lema “Angolanos chamados a orar e abraçar a paz em tempos de Eleições”, no qual os líderes religiosos pediram aos candidatos a Presidente da República, Vice-Presidente da República, deputados e apoiantes a serenaram os ânimos dos seguidores.
Nas canções de acção de graças, os religiosos oraram por eleições justas, transparentes, democráticas e de paz, onde prevaleçam a harmonia e tranquilidade e que vença o candidato da formação política a quem o povo escolher livremente.
Na homilia por Eleições Gerais justas, o reverendo Jacob Cambala, da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, disse que a instituição não está alheia às leis sociais, morais e de justiça, no cumprimento do direito à cidadania e, por isso, todos devem obedecer o jogo democrático.
Sublinhou que a igreja defende a paz e a moralização dos cidadãos e acompanhou, com particular atenção, os programas de governação e manifesto eleitoral dos partidos políticos concorrentes para 2022/2027, com reservas a certos pronunciamentos.
Disse que as igrejas defendem que as formações políticas evitem discursos musculados e que incitam à violência e à intolerância política, para que a população possa afluir às urnas e votar de consciência sã e sem interferências capazes de colocar em perigo o processo eleitoral.
O governador do Cuando Cubango, José Martins, que testemunhou a missa, considerou importantes os apelos dos líderes religiosos, “porque todos os cidadãos amantes da paz, tolerância, reconciliação nacional, devem obediência à lei, porquanto dá-se a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”.
Participaram do culto ecuménico mais de mil cristãos, a par de representantes dos partidos políticos e coligações de partidos com assento na Assembleia Nacional, membros do Governo local, entre outros convidados.

Fiéis em Benguela defendem civismo

Mais de dois mil fiéis de diversas denominações religiosas participaram, domingo, num culto de acção de graças, tendo pedido a intervenção de Deus, para a preservação da paz efectiva.
O evento, promovido pela Aliança Evangélica de Angola – AEA, em parceria com o CICA – Conselho das Igrejas Cristãs em Angola, serviu para incentivar os eleitores a primarem pelo civismo, disciplina e responsabilidade, durante o exercício do voto.
O representante do CICA, Zeferino Epalanga, disse que, desta forma, se pretendeu sensibilizar a população no sentido de contribuir positivamente na realização das Eleições Gerais, de amanhã, convivendo na diferença.
O pastor Marcelo Balança, presidente da AEA, afirmou que o culto ecuménico teve como objectivo fundamental envolver toda a sociedade na promoção de um ambiente de paz, harmonia, fraternidade, para a estabilidade democrática. O evento religioso, realizado no campo do Nacional de Benguela, contou com representantes dos partidos políticos concorrentes das Eleições Gerais, autoridades tradicionais e líderes das igrejas cristãs situadas na província.
Perante este desafio, Benguela conta com cerca de 1. 201. 192 eleitores, que vão ser atendidos, em 980 assembleias instaladas, num universo de 2. 117 mesas de voto.

Momento histórico

O Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), realizou, domingo, no município do Huambo, um culto ecuménico em prol das Eleições Gerais a serem realizadas amanhã, com o tema “Angolanos chamados a abraçar a paz em tempos de eleições”.
O reverendo Euclides dos Santos ministrou a palavra de Deus e lembrou aos fiéis da aproximação do pleito, considerando-o “um momento histórico muito importante para a nação”.
“Cada angolano é chamado a abraçar a paz neste período e no pós-eleições. Nos textos bíblicos que trouxemos hoje, começando por Josué, vemos um tema que traz a história do povo de Israel, que durante um tempo esteve sob cativeiro no Egipto. Deus chama Moisés para resgatá-lo, mas, com o passar do tempo, o povo esqueceu-se do sofrimento e voltou à vida de perdição e pecado, então, Deus fala com Josué para este chamar atenção ao povo e reflectir. Angola é um país que alcançou a paz. Por isso, devemos fazer tudo para a manter”, apelou.
Ilídio Chilanda, membro do CICA, disse que o culto foi pensado no intuito de advertir o povo a olhar para Cristo e pedir que as eleições decorram num clima de paz e de tolerância. “Essas eleições não são as primeiras, temos experiência de outras que já aconteceram no país, desde 1992. Para nós, eleições significam paz e festa. Esta quarta-feira, 24, depois de votar, estaremos em casa à espera do resultado das eleições”, disse.
A governadora do Huambo, Lotti Nolika, participou do culto ecuménico e deu graças a Deus pelo povo angolano ser cristão: “Temos de buscar sempre a Deus e manter a paz, a realização deste culto e as várias manifestações de tolerância política e amor ao próximo que temos vindo a testemunhar são provas de que o povo angolano quer a paz”. O secretário provincial-adjunto da CASA-CE no Hu-ambo, Paulo Mário, disse que o culto realizado simboliza o momento de paz e democracia que se vive no país. “Cada um deve fazer parte das eleições de forma livre e coesa. Estamos num momento de pensar somente na paz. Somos pela paz”, afirmou.
Noé Capingala, secretário jurídico da FNLA no Huambo, participou no culto ecuménico em prol das eleições e considerou necessário que acções do género sejam efectivadas, “pelo facto da paz ser um bem precioso”. Adérito Chimuco, segundo-secretário do MPLA no Huambo, disse que o culto ecuménico fez a diferença no que se espera que seja o comportamento dos cidadãos e eleitores, por serem os principais intervenientes no processo eleitoral.