O edifício da seguradora AAA, na Avenida Lenine, vai ser transformado na sede do Tribunal de Contas. A concepção e elaboração do projecto executivo e do caderno de encargos para a empreitada de obras públicas vai custar ao Estado 208,1 milhões de kwanzas (476,2 mil dólares).
O Presidente da República assinou a aprovação da despesa e formalizou a abertura da contratação simplificada com a empresa GWIC Angola, SA.
Em Setembro de 2021, o Tribunal de Contas já tinha exarado um despacho em que aprovava a abertura de um concurso por prévia qualificação, assim como as peças do procedimento. Aprovava igualmente a criação de uma comissão de avaliação do concurso para a realização das obras no edifício.
Sobre o valor das obras que vão transformar o antigo espaço daquela que já foi a segunda seguradora do País na nova sede do Tribunal de Contas, para já, não há qualquer informação.
De lembrar que o edifício dos AAA já esteve para albergar a Procuradoria-Geral da República no local. Em Março de 2018, um decreto presidencial autorizou o Ministério das Finanças a assinar um contrato-promessa para a aquisição do edifício de 10 andares, para a posterior instalação da PGR, por um valor que rondava os 20,4 mil milhões Kz (cerca de 95 milhões USD ao câmbio da altura).
Em Setembro de 2020, o Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR) mandou apreender um conjunto alargado de bens que incluía os Edifícios AAA, as redes de hotéis IU Hotel e IKA Hotel, em todo o Pais, ainda um edifício na Rua Amilcar Cabral, em Luanda, denominado IRCA e 49% das participações sociais da accionista AAA Activos Lda. no Standard Bank Angola SA, tudo bens sob gestão do empresário Carlos São Vicente, entretanto condenado pelos crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influências branqueamento de capitais.