Depois de três dias consecutivos de negociação positiva, o petróleo está a registar perdas à medida que preocupações com uma recessão económica diminuem a procura por esta matéria-prima.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as exportações angolanas segue a perder 0,53% para 117,35 USD por barril.

Já o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, avança 0,41% para 111,30 USD por barril.

O “ouro negro” negociado em Nova Iorque voltou a estar perto da marca dos 111 USD por barril, depois de ter ganho cerca de 7% nas últimas três sessões.

O petróleo está assim a caminho do primeiro mês negativo desde Novembro, numa altura em que se mantêm receios de uma desaceleração económica. Mesmo assim esta matéria-prima regista um aumento dos preços em 50% este ano.

Esta quinta-feira realiza-se uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o grupo OPEP+) para definir as quotas de produção de crude. É esperado que os membros do grupo aumentem uma vez mais a produção, à semelhança do que aconteceu na reunião no início deste mês, apesar de muitos países terem já atingido a sua capacidade máxima o que se traduzirá na prática, numa menor dimensão destes aumentos.

A Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos (EAU) têm sido vistos como os únicos dois países com capacidade para aumentar a produção de petróleo, por forma a diminuir o preço desta matéria-prima. No entanto, esta terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou que em chamada com o presidente dos EAU, o Xeque explicou que o país não consegue aumentar a capacidade de produção, ao passo que a Arábia Saudita pode aumentar apenas em 150 barris o que pode não ser suficiente para colmatar a procura e diminuir os preços do “ouro negro”.