O contrato deriva da autorização concedida à Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, nos termos do despacho presidencial 23/21, de 4 de Março, e destina-se à cobertura do contrato de importação de equipamento industrial de uma fábrica de produção de óleo alimentar na província de Benguela, cuja primeira pedra foi lançada no passado dia 21 de Fevereiro de 2022.

Questionado se o grupo que representa tem sido favorecido pelo Governo angolano na atribuição de financiamentos para investimentos industriais no País, o administrador executivo para as finanças da Carrinho S.A., Samuel Candundo considerou as acusações “sem fundamento, porque esta (a Carrinho empreendimentos) é uma empresa que existe há muitos anos e tem a sua história”.
Nesse sentido, o administrador do Grupo Leonor Carrinho realçou que “a garantia soberana se destina a todas empresas privadas e qualquer uma que realmente cumpra com o estabelecido pode concorrer”.
“Vai haver sempre essas especulações, provavelmente, mas há um trabalho muito aturado da Carrinho, do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), é um processo complexo, as empresas têm que estar devidamente organizadas e nós passamos nesse escrutínio, não só de Angola pelo BDA, mas do próprio Deutsch Bank”, atirou.
Para este responsável, “não se trata de uma questão de favoritismo, mas de um esforço interno muito grande”.
Em Fevereiro foi lançada, em Benguela, a primeira pedra para a construção da fábrica de extracção de óleo alimentar e farinha de soja, estando prevista no final do ano a chegada da maquinaria. Com a entrada em funcionamento desta unidade fabril, que terá a capacidade de processar quatro mil toneladas de óleo alimentar diários, a empresa prevê gerar 1.000 postos de trabalho.
Neste momento o Grupo Carrinho Empreendimentos está a refinar óleo alimentar em bruto proveniente do Brasil, prevendo-se que a fase de testes da futura fábrica seja lançada no segundo semestre de 2023.