A inclusão de jovens políticos provenientes de organizações da Sociedade Civil na
lista de candidatos a deputados do partido do Galo Negro, gerou uma onda de
descontentamento no interior do partido.
Um grupo de supostos militantes do principal partido da oposição, em Angola,
concentrou-se defronte ao Palácio da Justiça, nesta terça-feira, para protestar contra a
escolha de Abel Chivukuvuku para o segundo lugar na lista de candidatos a deputado
da UNITA, bem como à inclusão de nomes de jovens provenientes da Sociedade Civil.
Os manifestantes ostentavam cartazes com dizeres hostis, sobretudo a Abel
Chivukuvuku, antigo quadro da UNITA que, até recentemente, dirigia a coligação
eleitoral CASA-CE, dizem-se traídos pela actual direcção do partido.
As candidaturas apresentadas constam de uma lista de 355 candidatos a deputado à
Assembleia Nacional (Parlamento), dos quais 220 efectivos e 135 suplentes, conforme
legalmente exigido.
Essa cifra corresponde a 130 candidatos efectivos e 45 suplentes, para o círculo
eleitoral nacional, e 90 efectivos e igual número de suplentes para as 18 províncias do
país.
A lista é liderada por Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku, respectivamente
como candidatos à Presidência e à Vice-Presidente.
Detentora de 51 assentos no Parlamento cessante, a UNITA junta-se assim ao MPLA,
partido maioritário com 150 deputados, e à coligação eleitoral CASA-CE, segunda
maior força política da oposição com 16 lugares.

Também a Aliança Patriótica Nacional (APN), partido sem assento no Parlamento,
integra desde segunda-feira o grupo de forças políticas que já submeteram à
apreciação do TC a sua candidatura ao escrutínio de Agosto próximo.
São esperados nesse escrutínio perto de 14,399 milhões de eleitores dos quais 22.560
no estrangeiro, onde o voto acontece pela primeira vez na história do país.
A votação no exterior terá lugar em 12 países e 25 cidades tais como África do Sul
(Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e
República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo
(Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi)