A participação do Estado angolano na estrutura accionista da mina de Catoca, na província da Lunda-Sul, aumentou para 59 por cento por via da Endiama, na sequência do bloqueio da participação da empresa chinesa Leviev International – LLI pela Procuradoria-geral da República (PGR).

Nesta operação, a Procuradoria-Geral da República indicou como fiel depositário o Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado (IGAPE). Nesta altura, o Estado angolano representado pela ENDIAMA que detinha 41% passa agora a controlar 59%, enquanto a multinacional russa Alrosa com 41% na estrutura accionista da mina de Catoca em Saurino. 

Segundo administrador do IGAPE, Raimundo Santa Rosa, esclareceu que se trata de um acto que decorre de um processo de investigação patrimonial número 2/2020, no âmbito do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR.

Em relação à decisão do bloqueio da participação da empresa chinesa Leviev International – LLI pela Procuradoria-Geral da República, informou que “constituem ainda actos de segredo de justiça”.

“Neste momento o processo está em curso e há informações que não podem ser divulgadas”, disse citado este domingo pela Rádio Nacional de Angola.

A Sociedade Mineira de Catoca Lda. é uma empresa angolana de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes. Catoca é a quarta maior mina do mundo explorado a céu aberto e a maior empresa no subsector diamantífero em Angola, sendo responsável pela extracção de mais de 75% dos diamantes angolanos.