Pelo menos, três pessoas morreram este domingo e dezenas foram afectadas pelas temperaturas extremamente altas que assolam a Índia, durante um evento religioso no Estado de Bengala, no Nordeste do país, disse a fonte da administração local

A morte de três idosos foi confirmada pela chefe do Governo de Bengala, Mamata Banerjee, que assegurou através da rede social Twitter, que o ocorrido deveu-se ao “calor e humidade” num templo no município de Panihati, perto de Calcutá.

Os mortos faziam parte da multidão que compareceu ontem ao festival Danda Ma-hotsav no templo da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON) em Panihati.

Fontes policiais, citadas pelo jornal indiano Hindustan Times, anunciaram que além dos mortos, mais cem pessoas foram afectadas pelas altas temperaturas e exaustão.

Esta foi a primeira celebração em mais de dois anos, desde que o festival foi suspenso devido à pandemia de Covid-19. “Devido à Covid-19, os devotos não puderam comparecer ao festival nos últimos dois anos. Este ano vieram muitos, mas está tanto calor que muitos perderam os sentidos e é por isso que decidimos fechar o local”, disse o deputado regional Nirmal Ghosh à imprensa.

Com temperaturas à volta dos 45 graus e a humidade a chegar a 74% em ambientes fechados, grande parte do Estado de Bengala sofre as consequências das altas temperaturas da Índia, causando um dos piores verões em mais de um ano.

Um relatório publicado recentemente pela iniciativa World Weather Attribution, que reúne especialistas em climatologia de várias instituições mundiais, disse que a crise climática tornou o calor precoce devastador na Índia 30 vezes mais provável.

O estudo, que reuniu dados até Maio passado, refere que Março foi o mês mais quente na Índia desde que começaram a ser feitos registos há 122 anos.