A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a petrolífera TotalEnergies anunciaram um investimento de 850 milhões de dólares para aumentar a produção e reduzir custos no bloco 17, ao largo da costa angolana.

“A ANPG, a TotalEnergies e seus parceiros do Bloco 17 (Equinor, Exxon Mobil, BP e a Sonangol P&P) anunciam a decisão final de investimento de 850 milhões de dólares norte-americanos para o lançamento do desenvolvimento Clov Fase 3, no ‘offshore’ profundo do bloco 17, situado a 150 quilómetros da costa angolana”, lê-se no comunicado.

No texto, a APNG explica que está em causa “uma extensão da rede de produção submarina e a sua interligação à unidade flutuante de produção e armazenamento (…) Clov para desenvolver uma produção adicional de campos existentes, que pode atingir um pico de 30.000 barris por dia, com vista a sustentar a produção do campo Clov, iniciada em 2014”.

A ANPG sublinha que “este desenvolvimento é o primeiro a beneficiar da padronização de equipamentos submarinos no bloco 17, através de inovadoras estruturas de engenharia e contratuais, que representam uma significativa redução de custos e que beneficiam o portfólio de projectos de desenvolvimento de ciclo curto nos diferentes campos do referido bloco”.

No comunicado, citado hoje, pela Lusa, o presidente do conselho de administração da ANPG, Paulino Jerónimo, afirma que a decisão final de investimento do Clov Fase 3 “contribuirá claramente para que Angola mantenha os seus níveis de produção nacional, assim como para a optimização das instalações e dos recursos existentes”.

Já o director-geral da TotalEnergies em Angola, Olivier Jouny, também citado na nota, refere que “este desenvolvimento vai maximizar a utilização da infraestrutura Clov existente, permitindo produzir petróleo com menos custos e com menos emissão de carbono para a atmosfera, em linha com a estratégia da TotalEnergies”.

O projecto de desenvolvimento Clov Fase 3 compreende a extensão da infra-estrutura submarina e cinco novos poços em profundidades de água entre os 1.100 e 1.400 metros, com um início de produção planeado para 2024.

A TotalEnergies opera o bloco 17 com uma participação de 38%, contando ainda com participações da Equinor (22,16%), Exxon Mobil (19%), BP Exploration Angola (15,84%) e Sonangol (5%).