O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher lançou, oficialmente, esta segunda-feira, uma plataforma de sistema informático de gestão das acções de combate à pobreza, com o objectivo de introduzir eficiência e efectividade na redução dos índices de extrema pobreza, quer nas zonas rurais, quer urbanas.

Ao discursar no acto de lançamento, a secretária de Estado para a Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Elsa Barbe, explicou que o programa vai permitir, não só o controle dos mecanismos de reporte, através de indicadores, mas também proporcionar dados de indicadores de contexto, sobretudo dos principais grupos de vulnerabilidade a que o Executivo tem vindo a prestar a máxima atenção.

Com a criação do sistema informático, continuou, o Executivo pretende imprimir maior dinâmica na produção de dados multissectoriais fiáveis, quer a nível local, quer central, para sustentar um conjunto de medidas e decisões tendentes à melhoria da qualidade de vida dos angolanos.

“A unidade de acompanhamento e supervisão tem agora um instrumento tecnológico para auxiliar nas acções de monitoria, em coordenação com os Governos provinciais, para auxiliar nas acções das administrações municipais que terão o seu trabalho facilitado do ponto de vista de planeamento e execução das acções do Programa de Combate a Pobreza”, disse.

Realçou que o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza tem representado um desafio para o Executivo angolano, na medida em que contribui na rentabilização social e económica, criando um novo paradigma de desenvolvimento sustentável e bem-estar das fa-mílias angolanas.

Segundo a secretária de Estado, a execução do programa enquadra-se numa estratégia de descentralização e desconcentração administrativas e financeiras, orientada pelo Executivo, através dos recursos consignados, conferindo, mensalmente, a cada município, 28 milhões de kwanzas, dos quais três milhões estão destinados à merenda escolar.

Elsa Barber informou que este é um compromisso sério que o Executivo assume para proporcionar vários serviços públicos em localidades de difícil acesso, a reintegração social e económica dos ex-militares e a inclusão produtiva das famílias e grupos em situações de vulnerabilidade.

Este compromisso, disse, faz parte do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 e dos compromissos internacionais assumidos pelo Governo angolano com a Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030, e com União Africana, para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, até 2063.