A Organização Africana de Produtores de Petróleo (APPO) inicia, este ano, um processo de acompanhamento das transformações que ocorreram na indústria de petróleo e gás, afirmou, em Luanda, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
Falando na reunião inaugural do Comité ad hoc encarregue para a elaboração da primeira Estratégia de Longo Prazo (LTS, sigla em inglês) da APPO, realizada ontem, Diamantino Azevedo, que preside a organização, solicitou dos participantes as propostas para que os países-membros elaborem as suas estratégias nacionais desse domínio.
O encontro antecede o 8º Congresso e Exposição do Petróleo Africano (CAPE), que decorre de amanhã a quinta-feira próxima, em Luanda, com o ministro angolano a apelar para deliberações a incidirem sobre o acesso à electricidade e energia moderna pela população africana.
Diamantino Azevedo considerou importante a obtenção de um levantamento da dependência do mercado externo para vender petróleo e gás de África, assim como uma nova abordagem sobre os fundos para o continente resistir à pressão da transição energética.
Estas ideias poderão ajudar o trabalho do Comité ad hoc para LTS a adoptar pelo ministro da APPO, uma organização que, depois de ter emergido como APA, há 35 anos, realizou as reformas necessárias para se adaptar à evolução do contexto económico, incluindo o reconhecimento de que a África tem de identificar os desafios que a transição energética global coloca e encontrar as melhores soluções.
Nesta reunião do Comité da Estratégia de Longo Prazo participam técnicos dos 14 países-membros, enquanto o 8º CAPE conta com a participação de ministros dos hidrocarbonetos de Angola, África do Sul, Côte d’Ivoire, Ghana e Niger, Samson Gwede Mantashe, Thomas Camara, Matthew Prempeh e Samson Mantashe, assim como do secretário-geral da APPO, Omar Ibrahim.