A posição líquida do investimento internacional apresentou uma melhoria do seu défice, ao passar de 30,012,9 milhões de dólares, em 2020, para 27.317,7 milhões, em 2021, de acordo com o Banco Nacional de Angola (BNA).

Com esses dados, o BNA registou, em 2021, o aumento dos activos financeiros, em detrimento da redução dos passivos. 

No final do período, o “stock” das reservas internacionais brutas registou uma variação de 629,6 milhões, ao passar de 14.878,5 milhões de dólares, em 2020, para 15.508,1 milhões, em 2021, correspondentes a uma cobertura de cerca de 9,9 meses de importação de bens e serviços.

No ano passado, a conta corrente apresentou uma melhoria significativa, ao registar um “superavit” equivalente a 12,4 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), contra 1,6 por cento do ano anterior.

Segundo o BNA, o aumento das exportações de bens, sobretudo o petróleo bruto, decorrente da recuperação do preço das ramas angolanas em 72,5 por cento, contribuiu para este desempenho favorável da conta corrente, não obstante se tenha observado, também, um aumento das importações de bens e serviços e o agravamento do défice dos rendimentos primários e secundários.

A conta financeira registou um saldo superavitário de 7.412,6 milhões de dólares, influenciado, principalmente, pelo aumento dos activos de reserva, créditos comerciais (outro investimento) e do investimento directo.

A acumulação de reservas internacionais (decorrente apenas das transacções) foi na ordem de 915,5 milhões de dólares, contra uma perda de 2.788,8 milhões registados em 2020.

A conta financeira angolana é analisada de acordo com a metodologia da sexta edição do Manual da Balança de Pagamentos, isto é, em termos de variação líquida de activos financeiros e passivos, e não na óptica direccional dos capitais, cujo saldo foi deficitário.