O Presidente da República visitou, este sábado (26), pela segunda vez, em menos de sete meses, as obras de construção da futura sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que, em breve, se irá juntar aos edifícios localizados no bairro dos Coqueiros, em Luanda, a julgar pelo projecto que está executado a 95 por cento.

João Lourenço, acompanhado por membros do seu gabinete, do Executivo, da equipa técnica de construtores e membros da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), apreciou, ao detalhe, o curso dos trabalhos, passando área por área, ao mesmo tempo que recebia informações adicionais relativas à fase actual das obras.

Ao final da visita, não houve declarações à imprensa. Entretanto, a primeira visita do Presidente às obras de construção da futura sede da CNE aconteceu em Agosto do ano passado, tendo, na ocasião, descartado o receio, segundo o qual, as eleições não seriam realizadas na data prevista. “Ninguém faz um investimento tão grande como este para não lhe dar o devido uso”, realçou, na altura, João Lourenço.

A futura sede da CNE, que, pelo que se deixa a ver, está praticamente concluída, com um orçamento global estimado em 44 milhões 731 mil e 750 dólares, vai dispor, entre outros, de um Centro de Escrutínio Nacional e Gabinete para os Comissários da Instituição. O complexo vai albergar, igualmente, serviços antes garantidos com o concurso de outros “parceiros”, diminuindo as despesas financeiras da instituição.

Em declarações ao Jornal de Angola, a propósito do assunto, o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, confirmava, à margem da primeira visita, que a ideia é fazer com que o edifício esteja concluído antes das eleições gerais, previstas para Agosto deste ano.

O surgimento da nova sede, disse, representa um grande ganho, não só para a Comissão Nacional Eleitoral, como para o próprio Estado, que vai deixar de gastar dinheiro com o aluguer do Centro de Convenções de Talatona (CCT), onde realizou, até pelo menos 2017, as actividades de processamento de dados, pelo facto de as ainda actuais instalações da CNE não oferecerem condições para o efeito.

O porta-voz da CNE não revelou quanto o Estado gasta com o aluguer daquele espaço, mas falou em somas elevadas. “Os custos pela sua ocupação, pelo longo período que dura o processo eleitoral, são elevados”, sublinhou.

Lucas Quilundo garantiu que a actual sede, localizada na Rua Amílcar Cabral, perto do Largo da Maianga, pertence à CNE, mas, pela natureza das funções da instituição, acaba por ser imprópria. “É constrangedor pelo facto de a CNE conviver, na sua sede, com outras entidades, tais como agência bancária, escritórios de diversas entidades- públicas e privadas, e com áreas residenciais”, pontualizou.

A futura sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a ser construída de raiz, está a nascer no bairro dos Coqueiros, próximo ao Estádio com o mesmo nome, no espaço onde funcionou a antiga fábrica de refrigerantes “Mission”.