A actividade de produção e comercialização do pescado no país ocupa, actualmente, pelo menos 55 mil pescadores, dos quais 80 por cento mulheres, segundo dados da secretária de Estado para as Pescas.
Esperança da Costa admitiu, face aos números positivos da pesca artesanal em Angola, que o segmento contribui na criação de empregos directos e indirectos, bem como no aumento do rendimento das famílias.
Não menos importante é o facto de a actividade piscatória apresentar, em 2021, uma evolução significativa no país, com o registo de uma variação positiva de 36 por cento.
Além disso, de acordo com a secretária de Estado, o segmento da pesca artesanal constitui-se numa fonte de alimentos proteicos de elevada qualidade, garantindo a segurança alimentar e nutricional dos cidadãos.
Por este facto, entre outros benefícios, a dirigente considera o segmento da pesca artesanal como uma das actividades pesqueiras de ex-trema importância para o país, tendo em conta o número de operadores que abarca e o valor nutricional que gera às famílias.
Conforme Esperança da Costa, o crescimento da Aquicultura em Angola resulta dos incentivos que o sector público e privado tem dado ao cultivo de peixes em tanques escavados, cercos e gaiolas, com destaque para a recuperação dos centros de larvicultura do Ngolome (Malanje) e de Massangano (Cuanza Norte).
Apontou ainda o desenvolvimento da Aquicultura comunal, na província do Bengo, a reactivação de 250 tanques em Malanje, assim como as iniciativas privadas nas províncias do Uíge, Lunda Sul e Lunda Norte como factores que têm contribuído, significativamente, na expansão da actividade aquícola no país.
Neste particular, apesar da actividade encontrar-se numa fase embrionária, foram identificadas às províncias do Uíge, Malanje e Cabinda como as destacadas na prática da aquicultura comunal, de acordo com Samuel Vieira, técnico do Instituto da Pesca Artesanal e Aquicultura (IPA).
Para o técnico, a actividade aquícola produzida de forma sustentável contribui para o aumento da segurança alimentar e nutricional, ajudando no combate a fome e redução da pobreza.
Diante deste cenário, mesmo sem precisar dados estatísticos da actividade aquícola do país, a secretária de Estado assegura que o Ministério da Agricultura e Pescas vai prosseguir com a sua acção de aprimoramento do quadro legal do sector das Pescas e da Aquicultura, com vista a garantir a protecção dos pescadores artesanais.
A secretária de Estado para as Pescas, Esperança da Costa, interveio, domingo último, no acto de encerramento da primeira edição da Feira Nacional da Pesca Artesanal Marítima, Continental e Aquicultura, que decorreu de 25 a 27 de Fevereiro, em Luanda.