A reforma na legislação e nas infra-estruturas do sector diamantífero angolano constituem os principaís motivos de atracção de novos investimentos, bem como despertam o interesse de vários empresários internacionais ligados ao ramo em apostarem no mercado nacional.
Esta garantia foi dada, ontem, pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, à margem do Fórum para Captação de Investimentos para o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, que acontece no Dubai.
O evento, que contou com a presença de mais de 100 empresários que actuam no sector diamantífero, Diamantino Azevedo disse, igualmente, que além de mostrarem interesse em investir no país, outros solicitaram esclarecimentos sobre a realidade actual do ramo, facto, que serviu, segundo referiu, para a tomada de decisão da parte destes em apostar fortemente no mercado angolano.
Satisfeito com o resultado do Fórum, sobretudo na interacção com os participantes, o Ministro reconheceu que a demonstração de interesse em investir no país é importante para Angola, tendo em conta os objectivos traçados pelo sector, que pretende atingir a nível da lapidação, marcos positivos.
“Estamos no bom caminho! Até à presente data, o que programamos para ser alcançado é visível. Temos agora fábricas instaladas, outras em execução. Estamos esperançosos que alguns empresários se instalem, oportunamente, no Pólo Industrial de Saurimo”, frisou.
Diamantino Azevedo acrescentou, que estão em curso várias mudanças a nível do sector que dirige, a começar pela legislação, que contempla a criação do Pólo de Desenvolvimento de Lapidação do Saurimo, uma infra-estrutura que vai culminar, depois, com o processo de criação da Bolsa de Diamantes, bem como permitit a melhoria da actividade produtiva.
Com a captação de investidores de nível médio e de grandes empresas, disse, espera-se um momento de viragem do sector nos próximos temos.
“A título de exemplo, temos o caso da empresa de exploração Rio Tinto, e esperemos, que mais investidores aumentem o seu interesse em investir ao longo de toda a cadeia de valor dos diamante”,frisou.
Na interacção com os empresários ligados ao corte e lapidação de diamantes, estiveram presentes, além do ministro, o governador da Lunda-Norte e o vice-governador da Lunda-Sul, acto considerado de extrema importância para as províncias onde se estão a ser desenvolvidos projectos do género.
Noventa por cento dos diamantes ásperos produzidos em Angola são exportados para os Emirados Árabes Unidos (EAU), o que exige, segundo o ministro, uma maior cooperação entre os dois países.
A referida percentagem de exportação, resultante dos últimos dois anos, acrescentou, demonstra “a necessidade de afirmação de uma contínua parceria e cooperação, tendo em conta os vários sectores como petróleo e gás, mineração, comércio e investimento, energia, defesa, transporte, agricultura, bancos, telecomunicações, finanças e impostos”.