O embaixador português em Angola, Pedro Pessoa e Costa, considerou a relação entre os dois países como “única”, sublinhando que “aprecia cada vez mais Angola e o povo angolano.

O diplomata que está em fim de mandato disse que se mantém num posto pelo “tempo que o Estado português entende que for necessário” e faz um balanço “extremamente positivo” da sua passagem por Angola, tanto em termos pessoais como profissionais.

“É difícil encontrar um posto que seja tão interessante, tão desafiante, tão aliciante e, por vezes, tão extenuante como Angola”, salientou citado pela Lusa, para quem a chegada à Luanda coincidiu com o início da pandemia.

Segundo o embaixador, a passagem por Angola foi muito limitada pela pandemia, o que exigiu esforços suplementares da diplomacia portuguesa, para apoiar os voos de repatriamento humanitários durante os meses em que as ligações aéreas estiveram suspensas.

Eleições em Angola

Quanto às eleições gerais que se avizinham, marcadas para Agosto próximo, e que já não irá acompanhar, admite que exista um aumento das tensões políticas e sociais, “o que não é um exclusivo de Angola, pois qualquer período eleitoral é um momento de tensão em qualquer país”.

“O que eu espero, porque acredita no futuro do país, e que cada vez mais estes processos eleitorais sejam normalizados. Estou certo de que serão feitos esforços da parte de todos os partidos para que o acto eleitoral seja também um apelo ao civismo e a cidadania dos angolanos, tanto os que vivem em Angola como os da diáspora, e que tudo irá correr bem”, afirmou o diplomata.

Quase dois anos depois de chegar a Angola, Pedro Pessoa e Costa cumprirá agora outra missão diplomática em Oslo (Noruega).

Francisco Alegre Duarte será o novo embaixador português em Angola nomeado a 24 de Dezembro do ano passado.