O Presidente da República, João Lourenço, endereçou, esta sexta-feira (24), a todas as famílias angolanas, uma palavra de fé e esperança, por dias melhores.

Numa declaração por ocasião da quadra festiva, o Chefe de  Estado manifestou um gesto de solidariedade para com os doentes acamados, internados em lares de acolhimento de crianças e da terceira idade, os sem abrigo, cidadãos privados da liberdade,  aquartelados e todos que, por diversas razões, se vêm privados do convívio familiar. 

 João Lourenço endereçou, igualmente, uma palavra de encorajamento e solidariedade para as populações do Sul de Angola (Cunene, Namibe e Huíla), vítimas directas das alterações climáticas, cujas consequências são, no caso concreto dessas províncias, a seca severa e continuada que ameaça a vida das pessoas e do gado. 

O Presidente da República lembrou que todos os anos, por esta ocasião, as famílias angolanas comemoram o Natal e o Ano Novo com alegria e o desejo de ver nascer um novo ano que traga mais saúde, felicidade e prosperidade. 

“Nesta quadra festiva, renovamos os mesmos votos, augurando um Feliz Natal e um Ano Novo próspero para todos os angolanos”, sublinhou, re­cordando que, após quase dois anos da pandemia da Covid-19, que atingiu com particular severidade os países do mundo, é para Angola constrangedor constatar que o ano que agora termina não é ainda o do regresso à     normalidade. 

O Chefe de Estado apelou, mais uma vez, aos cidadãos a comparecerem nos postos de vacinação para apanhar a vacina, sublinhando que só está realmente protegido quem apanhar as duas tomas, dentro dos prazos que as autoridades sanitárias definiram.

“Vacine-se para se proteger, para proteger aqueles que amamos, proteger o próximo, proteger a humanidade”, referiu.


Angola dispõe de vacinas suficientes

João Lourenço sublinhou que Angola dispõe de vacinas suficientes e à disposição gratuita de todos os cidadãos residentes no país.
O estadista lembrou que em dois anos, a pandemia prejudicou a vida das pessoas, das famílias, das empresas e das economias mundiais, independentemente da sua robustez. 

Segundo o Presidente da República, a pandemia reduziu a produção e oferta de bens e de serviços, encareceu o preço do frete marítimo e estrangulou toda a cadeia logística do comércio mundial, aumentou o desemprego e, consequentemente, a pobreza e a fome. 

Destacou que a realidade no mundo aponta para uma propagação muito rápida do vírus Sars-Cov-2 na sua mais recente variante, o que alerta para a necessidade de se encarar a situação com a seriedade que se impõe. 

O Chefe de Estado ressaltou que o aumento vertiginoso do número de casos nos últimos dias levou as autoridades angolanas a introduzirem um conjunto de medidas preventivas, que se contarem com a colaboração dos cidadãos podem garantir um início de ano sem grandes sobressaltos e fazer de 2022 o ano do tão almejado regresso à normalidade. 

Além das medidas restritivas e de biossegurança recomendadas pelas autoridades competentes, reforçou o Presidente João Lourenço, a vacinação em massa dos cidadãos continua a ser a medida mais eficaz na luta contra esta pandemia. 

Neste mundo globalizado, realçou, Angola também sente as consequências nefastas da pandemia. “Por esta razão, e no intuito de minimizar o sofrimento das populações, para além do programa de transferências monetárias Kwenda, o Executivo angolano tomou outras  medidas de alívio, nomeadamente, fiscais para aliviar os preços de alguns produtos essenciais e de grande consumo, aumentando o poder de compra dos cidadãos menos favorecidos”, observou.  

Em termos de crescimento económico, o Presidente da República perspectiva um bom 2022, mas lembrou que este prognóstico só será realizável se se conseguir chegar ao mais próximo possível do normal, com níveis baixos de incidência da Covid-19, para que as empresas produzam os bens e serviços essenciais para o consumo e para exportar, garantindo assim a manutenção e a criação de novos postos de trabalho.