Mais de dois mil passaportes, na província de Benguela, estão à espera de serem levantados pelos seus titulares, revelou o director local do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), comissário de migração Lobo do Nascimento.
O director informou que a instituição desconhece as razões que levam com que muitos cidadãos não vão à busca dos passaportes existentes nos guichés, apesar dos mesmos terem noção de que os documentos estão prontos para serem levantados.
Lobo do Nascimento referiu que, depois de Luanda, Benguela é a província onde mais cidadãos solicitam a emissão do passaporte.
Noutro capítulo, o director avançou que, actualmente, o SME controla, em Benguela, um total de 2.335 cidadãos de outras nacionalidades, dos quais 673 têm o estatuto de estrangeiro residente, 899 com visto de trabalho e 359 dispõem de visto de permanência temporária.
A par desse grupo de estrangeiros, a instituição tem ainda sob controlo nove outros com vistos de investidores, 34 refugiados e 371 requerentes de asilo político.
Lobo do Nascimento afirmou que a maior parte dos estrangeiros concentrados em Benguela se dedica à actividade comercial, sendo que os chineses dominam os sectores da Construção Civil e Pesca, ao passo que os oeste-africanos lideram a actividade comercial e panificação.
O director provincial do SME salientou que mais de 700 cidadãos portugueses, que constituem a maioria da população estrangeira da província, dedicam-se a serviços ligados à restauração, mecânica, construção civil e indústria.
A comunidade cabo-verdiana é a segunda com maior representatividade na província, cujo número de legais está na ordem de 550 cidadãos, sendo que muitos vivem em Benguela há dezenas de anos.
Em Benguela, onde a maioria dos estrangeiros vive nas cidades de Benguela e Lobito, o SME tem representação nos dez municípios. Além disso, conta com um posto de atendimento, na comuna do Dombe Grande, município da Baía Farta, por causa da actividade de pesca, realizada por estrangeiros.