Mais de 11 mil antigos combatentes receberam apoio do Instituto de Reintegração Social de Ex-Militares (IRSEM), desde 2018, no quadro do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP).

De acordo com um relatório apresentado, sexta-feira, na vila de Cacuaco, província de Luanda, pelo director-geral do IRSEM,  brigadeiro Jorge Ngumbei, durante a reunião da Unidade de Acompanhamento e Supervisão do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, 250 tractores foram entregues, desde 2018, a 170 cooperativas de ex-militares, em 15 das 18 províncias do país.

“Tínhamos como meta, entre 2008 e 2022, reintegrar 82.537 ex-militares e já foram reintegrados 11.087. Por orientação da ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher foram actualizadas as metas a alcançar, com um decréscimo de 50 por cento, tendo em conta a actual conjuntura económica do país. Em relação aos tractores, esta semana continuará a entrega e até ao final do ano o processo estará concluído”, disse o brigadeiro Jorge Ngumbei.

A coordenadora do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mu-lher, Faustina Alves, afirmou que o objectivo do Governo é fazer com que as famílias saiam do nível mais baixo de vulnerabilidade.

Por seu turno, o coordenador técnico do Programa, Miguel Pereira, afirmou que o relatório espelha as acções que foram desenvolvidas, em função dos recursos disponibilizados, apesar de alguns municípios ainda terem problemas na prestação de contas.

Garantiu aos municípios apoio necessário em termos de acompanhamento e metodologias, para que os resultados do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza sejam mais visíveis.
Segundo Miguel Pereira, no primeiro semestre do corrente ano, o Programa beneficiou mais de dois milhões de pessoas carenciadas, em todo o país.

Miguel Pereira refere que, no primeiro semestre deste ano, dos 164 municípios do país 108 reportaram a execução de 4.036 acções, com um custo total de mais de 32 milhões de kwanzas, usados nos domínios como agricultura, pecuária e pescas (17,21 por cento), infra-estrutura rurais (15,75 por cento), equipamentos sociais (15,62 por cento), cuidados primários de saúde (13,23 por cento) e empoderamento da mulher (9,33 por cento) do custo total das acções de prioridade.

Acrescentou que o relatório expõe que, durante o período em balanço, 1.778 mulheres beneficiaram das acções de empoderamento no meio rural e nas zonas urbanas, através das acções do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza. Desta cifra 873 beneficiaram de formação em corte e costura e instrumentos de trabalho e 905 mulheres foram formadas em empreendedorismo, no âmbito da educação económica e financeira para gestão de pequenos negócios.

Ainda no mesmo âmbito, 146. 207 pessoas trataram o seu registo de nascimento, 73.773 cidadãos obtiveram, pela primeira vez, o Bilhete de Identidade, além da distribuição, no meio rural e urbano, de 225 kits de equipamentos desportivos, para apoio às associações desportivas, no âmbito da massificação do desporto.